segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Me esqueci dos tempos em que voava os ares, nadava em águas límpidas como cristais raros, rolava a vida no crescer das matas, no esplendor de faunas e floras, tendo a selva como escola, relvas para um descanso, frutas meu alimento.
O simples contato com o natural, o viver em paz com as divindades, ficou para trás envolto em uma nuvem negra, um progresso distinto para os que se permitem ao futuro, sumindo num suspiro.
Esquisito grito em meio a uma floresta de espinhos, prédios em cada esquina, no meio da avenida, no centro de sua vida; grite forte espelho de muitas almas, faça ouvir seu som nos esgotos dessa cidade, nos inícios de uma metade, de uma criança nos primeiros passos, de uma herança em diversas partes.
O frígido equivoco dos loucos, poucos lúcidos em marchas sem lutas, em marcas no escuro, manchas de um sangue puro, místicos erguem os mastros sem bandeira, sem cegueira, apenas a vida importa de fato, somente as vitimas sentem dor de verdade.

31 dez 86 Tel

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