sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Vejam quantas grades existem ao nosso lado, estamos presos estando em plena liberdade; sentindo o peso de toda esta sociedade ... uma cidade, idade, puberdade.
Gritos sufocados velejam por este mar de desigualdades, pela lama da maldade ... trama de fidelidade.
Deixando os dades pra alguma fraternidade, invoco as pessoas sem senso comum à olharem a sua volta para verificar aonde esconderam a verdade.
Sim a verdade! Pois ao contrário do que dizem, a mentira não tem pernas curtas, isto sim, tem pernas longínquas e seculares, abraçando a nós por toda uma eternidade ... realidade.
Letras de um jornal, palavras de um ancestral. Incesto passado de pai para filho desde os primórdios da escrita. Um tempo passado, um rastro falso. Um rosto desesperado, um ser desfigurado.
São muitos os mandantes de nenhum crime, mais ainda são as vitimas deste mesmo delito. Somos nós os réus, os juízes e jurados; que condenamos uma imagem no espelho, executamos a nós mesmos.
Um livro sagrado, segredo não revelado. Um abismo bem abaixo por acaso, um caso sem solução, um vagão em rota de colisão, míssil disparado pelo simples aperto de botão, centenas morrendo então.
Centelhas de um fogo pagão, chamas de um coração. A terra, esta doce esfera adoece pelas mãos dos seus habitantes, destes seres ultrajantes que também detroem o mar, o ar, ou qualquer outro lugar.
Sinto que o frio esta por chegar.

Sampa 02/ene/91

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